quarta-feira, setembro 10, 2008

O que seria de mim?

E se o grande colisor de hádrons (aka acelerador de partículas) criasse o buraco negro que nos sugaria? Se me fosse permitido chegar do outro lado do buraco em forma outra que suco humano, eu talvez lá chegasse como a rainha de Sabá, como roadie do Jim Morrison (valha-me, Nossa Senhora!), como uma versão menos atormentada da amante de Auguste Rodin, ou como eu mesma, menos imersa em fantasias, menos tímida diante da beleza que prescinde de adornos, menos indecisa.
Vai ver a sensação de iminência, a agonia que tem me acometido, esse 'porvir' que faz cócegas no coração não seja o parto de mim mesma pelo qual passo de anos em anos, mas o funcionamento do Grande Colisor de Hádrons, uma máquina de nome grandioso que haveria de nos transformar em uma coisa nova - e de tantas coisas novas precisamos, talvez a partir de nós mesmos - ou então de nos varrer para todo o sempre desta face do universo.

Um comentário:

Stanislavski disse...

Sempre gosto de passar por aqui e ver as novidades, gosto da forma que você escreve.