E então ele está comigo na concentração de uma Parada de Sete de Setembro, perto do Colégio Militar. Mas ele, que gosta tanto dessas manifestações cívicas em que crianças desfilam a tocar bumbos, pratos e caixas, fazem girar suas balizas e marchar, alegres, com o uniforme da escola, está para ir embora, parece que meio sem paciência, ou meio se dando conta de que o tempo, esse, já passou. Então ele vai.
Mas não deixo. Corro atrás dele, no caminho de casa, e o encontro em um boteco meio vazio, conversando com o proprietário e a esposa. Ele tem fome. Pede de tudo um pouco: do arroz, do feijão, um pouco de salada, batata frita, um bife bem-passado. Eu chego ali e o encontro tomando água ou cerveja em um copo americano. Pergunto-lhe o que vai pedir, e ao ouvir, sugiro: "quando for assim, pai, peça um 'à la minuta': vem tudo isso e a salada é mais completa, tem até palmito", eu digo pensando, com delícia, no palmito macio que quase derrete na boca.
4 comentários:
Taí: gostei! Ainda me falta coragem para abrir um espaço para... devaneios meus.
Adorei, sonho com comida, sempre bom... hehehehe
E tô louca de fome, me deu mais fome agora.
CAIXINHA!
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