quarta-feira, outubro 15, 2008

Sunny Dreamlog

Estou em um apartamento todo fechado, com minha mãe. É provavelmente de uma amiga sua de outra cidade, que nos emprestou enquanto viaja. Malas no chão, abro as persianas das janelas do lugar e vislumbro uma paisagem exuberante: de uma das janelas, banhada por um sol escandante em um céu azul-escândalo, eu posso ver a Table Mountain, da Cidade do Cabo (mas eu não estou lá e, a bem da verdade, não importa muito onde eu esteja); de outra janela, em outra face do prédio, vejo um mar azul límpido, com ondas vigorosas que estouram na praia, emitindo boa energia, convidativo a um banho maravilhoso; de outra das janelas, do outro lado, estende-se uma bela cidade antiga, com telhados e construções de pedra amarronzadas, donde se destacam várias igrejas de estilos diferentes. Desde as góticas e clássicas, até as barrocas, onde reconheço a Igreja do Largo da Ordem, de Curitiba. Dessa vez eu não me importo se tenho lenço, documento, bagagem ou parada fixa. Só de contemplar aquele lugar que dentro em breve eu conquistarei já me enche de regozijo.

***
Antes, porém, eu estava em um lugar parecido com um teatro, onde um grupo de pessoas conversava sobre o show que acabara de ver (da Leila Pinheiro!). Apareceu lá uma moça que lhes fez alguma pergunta (de orientação, talvez) que eles não queriam responder: "vá descobrir por você mesma", disseram. Aquilo me deixou curiosa, e a segui enquanto as pessoas iam embora. Mas, na escadaria, a visão se me enegreceu e tive uma vertigem. Quando abri os olhos, ela já não estava lá. Desci as escadas correndo e vi todo aquele povo - ela inclusa - entrando no Bazar Elisa, um misto de armarinho e loja de presentes lá da minha cidade natal. Entrei lá e lhe convidei para vir comigo passear em qualquer lugar. E ficamos caminhando e conversando pelas ruas ensolaradas e arborizadas da minha infância. Em certo ponto do passeio, ela entrou em uma loja, buscando um discman (!) à prova d'água. Nisso, aproximei-me dela, afastei seus cabelos e a beijei no rosto. Ela me disse, sugestivamente: "não faça isso em público". E eu concordei, saindo da loja, olhando-me no reflexo da vitrine e me vendo toda colorida.

3 comentários:

Rodrigo disse...

ô, que lindo!

bj-s Lívia.

Liv Araújo disse...

Oi tiozinho querido! ;-)
Obrigada. Olha, eu tou sem computador em casa... vi que vc me mandou um recadinho no orkut mas não tive tempo de retribuir. Mas vai pondo água no feijão, que eu tou chegando!

Joelma Terto disse...

"toda colorida"
ora, faça-me chorar no meio do expediente!