quarta-feira, novembro 21, 2007

Nightmare Log

Voltava com meu pai (que no sonho não era morto, e nem eu parecia me dar conta disso) de um passeio na Serra, vindo por um caminho aparentemente mais longo, como se fosse à praia pela Rota do Sol e voltar a Porto Alegre pela Free-Way. Ele guiava (em vida, nunca aprendeu a dirigir) um TL, carrinho da Volks da família da velha Variant. Dado o comprimento daquele caminho torto, tínhamos de parar em algum lugar para tomar alguma coisa e esticar as pernas. Havia dois mercadinhos disponíveis. Eu escolhi um em que parecia haver menos movimento (e, logo, menos demora), mas não era possível entrar lá. Em vez disso, um rapaz com aparência de pitboy atendia atrás de um balcão que dava para a rua. Eu pedi duas sodas e paguei com uma nota de $ 50. Ele não me deu a soda e me devolveu algo como uns $ 3 de troco. Diante da minha revolta e exigência, seguiu uma série de intimidações e ameaças que tinham fundo sexual. O rapaz dizia: "é que você tem jeito de mulher, e isso me excita". Mas eu sabia que ele queria dizer o contrário. Que queria me comer justamente por eu ter jeito de menina - será porque talvez fosse isso o que ele dissesse a uma menina de verdade, como um pedófilo? Eu notei seu ar doente e doido. Só que, apesar do medo, decidi lutar. Ele resolveu me dar a soda limonada, mas tinha gosto de sal de frutas. O rapaz do mercado ao lado decidiu me ajudar, mas não adiantou. Por fim, entrei no recinto e quebrei o copo na cabeça do pitboy, deixando um caco de vidro espetado bem perto de seu olho. Isso me deu pena e eu limpei o ferimento, ouvindo ameaças de morte a mim e à minha família (meu pai, em todo esse tempo, não fizera nada, só observava aturdido), abri a caixa registradora e peguei meus $ 50 de volta. Fui embora dali tremendo de medo.
Cheguei a dormir de novo e sonhar que me aconselhavam chamar a polícia, etc.
Apesar da angústia total nas horas de sono que eu tive, ouso dizer que tudo isso pode querer dizer uma coisa muito importante - portanto, boa.

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