sexta-feira, agosto 24, 2007

O filho do mímico


Porque as coisas só tomaram forma para ele quando apareceu o amor. E assim é com Paris. Enquanto você não se apaixona pela Cidade Luz, ela permanece o que vemos em revistas, internet, filmes e tudo o mais: um emaranhado grandioso de monumentos fascinantes, de sabores e aromas apetitosos, mas cujo sentido real só aparece quando, de alguma maneira, você passa a pertencer a ela.
A minha principal lembrança de lá - e só há muito pouco tempo fui me dar conta disso - não foi a torre Eiffel, a Opéra-Bastille, o Arco do Triunfo ou Saint-Germain-des-Prés: foi um trecho aleatório da Av. de la Motte-Picquet, perto do Campo de Marte, quando saí de um supermercado com uma garrafa de água mineral e liguei, do telefone público, para o meu pai, para dizer que estava em Paris e que tudo era tão lindo...


O filme acima é um dos 21 curtas de "Paris, eu te amo", que muito recomendo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu ainda não vi. Pena. Mas o teu post, muito lindo isso. Quando a gente passa a pertencer a Paris. Não há como ir lá e não se apaixonar, desconheço (e prefiro permanecer assim) quem não caiu de amores. Minhas lembranças mais queridas passam pela rue Mouffetard.
Bisous.

Bela Figueiredo disse...

esse nicho da memória aonde resgistramos o creme de la creme é que vale um sorriso no meio dessa tarde fria, justo quando me sinto tragada pelas paredes bege do mundo coorporativo. gracias, Liver.