FRÓIDE EXPRICA
Você trabalha em um lugar cheio de gente doida. É fato.
Daí, de repente, no meio de uma tarde de sexta-feira, vem a questão: se uma pessoa perde a memória e esquece tudo, desde quem são seus parentes até ler, caminhar, fazer contas, e tem de reaprender tudo, será que o inconsciente também se vai pelo ralo do esquecimento? Se sim, será que todos os traumas da infância, que nos enchem de bloqueios no presente, também somem?
Perguntei à analista e ela disse que não, o inconsciente continua.
Daí a eu concluir que, se eu pudesse desenhar a mente humana em um círculo, o consciente não seria uma película exterior a recobrir o inconsciente. Seria o contrário.
Ou então, o inconsciente tem vários ganchos que o ligam ao consciente e, blup!, qualquer convulsão, golpe, contração, susto, poderiam fazer com que esses ganchos puxassem a fina pele do consciente e o fariam sumir no mar dos nossos segredos, e nada mais seríamos que nós mesmos.
Bonito, né? Sim, mas é viagem.
Você trabalha em um lugar cheio de gente doida. É fato.
Daí, de repente, no meio de uma tarde de sexta-feira, vem a questão: se uma pessoa perde a memória e esquece tudo, desde quem são seus parentes até ler, caminhar, fazer contas, e tem de reaprender tudo, será que o inconsciente também se vai pelo ralo do esquecimento? Se sim, será que todos os traumas da infância, que nos enchem de bloqueios no presente, também somem?
Perguntei à analista e ela disse que não, o inconsciente continua.
Daí a eu concluir que, se eu pudesse desenhar a mente humana em um círculo, o consciente não seria uma película exterior a recobrir o inconsciente. Seria o contrário.
Ou então, o inconsciente tem vários ganchos que o ligam ao consciente e, blup!, qualquer convulsão, golpe, contração, susto, poderiam fazer com que esses ganchos puxassem a fina pele do consciente e o fariam sumir no mar dos nossos segredos, e nada mais seríamos que nós mesmos.
Bonito, né? Sim, mas é viagem.
6 comentários:
bonito de ver, difícil de acontecer... mas... ah! como seria bom! :)
Com tudo isso, acho que me perdi entre o meu consciente e o inconsciente, e não sei nem o que dizer. Mas gostei.
Amplexos
Bonito? Eu recomecei a ler umas três vezes. e ainda estou tentando entender, bem.
Definitivamente, sol demais na cabeça faz mal aos miolos.
(Tô vortando)
Lacan fala sobre a outra cena, a cena do inconsciente - um capítulo censurado -, da qual percebemos apenas os efeitos (ou somos esses efeitos?). Seria isso, essa sensação de alienação que sentimos quando estamos num lugar,trabalhando, com pessoas que não tem nada a ver conosco? O que você acha? Marcadores: Nazismo, relações insturmentalizadas, memória,esquecimento.
Seria o inconsciente uma manifestação do Id?
Meu Id andou fugindo da coleira esses dias. Meu Id é um selvagem. Melhor manter acorrentado.
A propósito: Tá difícil comentar aqui. Comento, comento e ele não salva.
Bonito sim. E Truffaut com seu cigarrinho, toda uma boniteza muito delicada. Adorei o lance de você trocar "os franceses".
Bisous, querida.
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