Eis meus posts de papel:
Sexta 10, 1h15, Ubatuba:
Lua cheia sob uma tênue camada de nuvens, máscara de pepino no rosto, pernas depiladas e nenhum efeito do sol sobre a pele. Hoje não houve praia. Viagem de vinda com escala na casa de uma ímpar família em Taubaté. Eu, fama de filha ingrata (não entre eles) e egoísta, solidarizei-me com aquela mãe doce e faladeira, deixando o verbo fluir, escoar, espalhar-se. A filha, amiga de R., uma pessoa que tem um nível de depressão que nunca pensei existir, ou melhor, com o qual nunca havia deparado.
Na Lan House, sem tempo de escrever, mas feliz com os comments. Já saudades dos meus amigos/personagens [adendo: adorei os posts de mlle. Seslaf e Frau Zeit], mas desejosa do casario de Paraty, das areias de Trindade e do solzinho de Ubatuba (Ubachuva mesmo, que já caiu um aguaceiro por aqui hoje). Também meio que administrando um paciente enfado de conviver com o imediatismo alheio. Saudade (auto-reprovável) de S., sono demais para esperar Maria Rita falar e cantar e sempre (como agora) vontade de escrever. Que fazer? Postar no papel, como na Porto Alegre de há mais de um ano atrás. Aliás, achei uma caixinha vermelha enviada de lá... uma esponja em forma de coração... nostalgia, só. Dias irrecuperáveis e ultrapassados pela enfim maturidade.
Paraty, 14h50:
Fumando (sim, eu tenho dessas pútridas contradições em meio à natureza), dia nublado em uma aprasível pousadinha. Dia de turista, andando pelas pedras das ruas históricas desta linda cidade. Andano sim, mas por vestir bem a máscara de turista, não posso dizer que tenho flanado. Ganhamos uma estadia de 3 dias em outra pousada, eu e R., e poderemos trazer mais gente. Moços e moças bonitos, quem se habilita a vir aqui com a gente em outra ocasião?
Um poodle me perscruta com olhinhos intrigados. E, mais tarde, ninguém vai perder o último capítulo da novela das oito. Nem o chihuahua que faz par com o poodle em sua observação paciente.
AMUEI! A maré os barcos, os transeuntes locais e estrangeiros. Tendo internet, eu moraria aqui na boca. Siamo tutti amicabili. Essa noite, bossa nova e jazz; amanhã, talvez, Trindade...
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