Dreamlog líquido: Coisa inusitada, mas de fato estávamos meu pai, eu e um eterno pretê da minha mãe caminhando juntos e aventureiros no leito de um rio de águas puras e frescas. Conforme avançávamos rio adentro, a profundidade aumentava, e enquanto eles caminhavam, com a água já pelo peito, eu me deixava boiar, guiada por suas mãos. Olhava o céu azul e cheio de nuvens fofas e, de rabo de olho, via barcos de pesca simples e coloridos, ancorados nas margens. De repente, num inspirar desavisado, senti a água entrando pelo meu nariz e, no desespero, acabei deixando-a passar pela minha garganta também. Os dois homens não sabiam o que fazer, visto que agora eu estava sob a água, de olhos bem abertos, com falta de ar e não sei dizer se essa agonia passou só quando acordei ou ainda dentro do sonho. Só sei que, no próprio sonho, pensei naquela estranha sensação de querer mexer o corpo e não poder, em semi-consciência. Mas sabia que não era o caso, naquela hora.
E agora os telhados vermelho-escuros da redondeza ganham a umidade da chuva quase fina de primavera... que já me permite abandonar cobertas e ficar só com os lençóis.
Fim de semana gostoso, de vozes distantes mas não menos queridas chegando, inéditas ou não, aos meus ouvidos. Do amigo de sempre e da enigmática amiga. Bem vindos sempre.
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