segunda-feira, setembro 01, 2003

Ela tem as mãos quentes, e as minhas são frias. Ela sente saudade mas não diz, eu sinto e digo. Os olhos dela são castanho-esverdeados, os meus, escuros. Ela é aparentemente fechada e eu ,aparentemente, aberta. Ela domou a situação e eu fiquei à mercê de mim mesma, o que é estranho quando se está acostumado a estar à mercê do outro. Sim, os pedidos furtivos são declaradamente manifestações de saudade, tanto quanto o olhar de desejo e os beijos roubados. Mas nada muda quando ela é rígida e eu sou flexível. E, contiguamente às diferenças naturais, corre um querer que se dilui com as substâncias de cada história. Ela não está livre e eu estou. Ela é morena-escura e eu sou morena-clara. Ela usa plataforma, e eu All Star, ela...

Nenhum comentário: