segunda-feira, agosto 11, 2003

Post madrugadeiro. Dia estranho. Primeira vez depois do enterro que fui "visitar" meu pai no cemitério. Alma anestesiada de novo. Nem dor, nem nada. Deixei um vasinho de flores do campo amarelas, também fui "ver" minha avó, mas me deixei flanar por entre as campas, olhando as histórias do outros, como a campa da dona Dolarina Stasinski (ou coisa assim), que morreu aos 99 anos, e em cuja campa havia mais umas sete pessoas (não que lá estejam, é só um jazigo da família), todas com o mesmo sobrenome e fotos antigas que lembravam aqueles judeus dos filmes de guerra. Cheguei cansadíssima e caí na cama. Sonhei sabe o quê? Que imitava a Celi Campello cantando "Banho de Lua"... bagaceira...rs.
Depois disso o dia teve um quê meio fúnebre. Aliás, eu soube de uma coisa engraçadíssima: que o Dr. Luís, primeiro prefeito da cidade em que meu pai vivia, inaugurou aquele cemitério, em cuja entrada havia uma frase: "nós que aqui estamos por vós esperamos"... a população achou a frase, digamos, inadequada, e aí logo mudaram.
E agora a coisa ganhou desnecessários ares de oficialidade: estou mesmo namorando. Estranho olhar pra uma menina como eu e pensar: ela é minha namorada. Hoje encostei meu nariz no dela e apesar de estarem frios, senti um calor de intimidade e um bem querer que apesar da inutilidade dos rótulos, me fizeram pensar que namorar é isso. Tão gostoso...
Por último, fiz o gay-o-meter do Channel Four: 36% gay. Quem manja um pouquinho de inglês, que faça também... :-)

Nenhum comentário: