segunda-feira, maio 26, 2003

Um furtivo post noturno, antes de me entregar aos quentes braços de Morfeu (li dia desses no blog uma guria dizendo que iria cair nos braços de "Orfeu" - se forem os do Toni Garrido, va lá...rs). Fiquei procurando um cartãozito fofo pra mandar, procurando uma foto de Blaise Cendrars quando jovem (um poeta franco-suíço que amava o Brasil e tem até poesias sobre Santos e Guarujá, amigo dos modernistas e um aventureiro de primeira), etc, etc.
No fim, de tanto sono, nem lembro o que exatamente eu queria dizer... mas sim, ainda há uma coisa: que ouvi coisas lindas no dia de hoje, que senti muito carinho, que fui testemunha de espontâneas palavras poéticas (ainda escreverei sobre isto um dia)...

ah, lembrei. Que me deu vontade de comer um bifão. :-) E aí só acabei comendo um empanado de frango.

E saiu um livro da Virginia Woolf que ela escreveu sobre o cocker-spaniel dela. Incrível. Ela escreveu esse livro pra descansar da densidade de outro. Ela não descansava. Fazia prosa ligeira pra descansar do seu revolucionário romance moderno. "Orlando", incrivelmente, foi escrito como um "passatempo" ao estresse que dava enquanto ela trabalhava em "Ao Farol". Deus meu. Não é todo mundo que pode ser uma Virginia Woolf. E quiçá nem mesmo o cocker dela.

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