sábado, novembro 06, 2010

Salento

Um escuro qualquer, de penumbra e sonho. A palavra como tijolo na construção de um vestíbulo anímico. Deus e a transcendência, Deus e o momento da pele. Um segredo de náilon ao pé do ouvido.

Rumoreja uma praia nos pêlos dos meus braços, o mar avançando na planície do dorso, o torso, retorcido, uma erupção caminhando na nuca e a preguiça do suor adormecido.

Os olhares prismados nas policromias do ambiente, a luz tênue de uma lâmpada fraca. Uma piscina de tecido, nadando em humores. Lavanderia, represa.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bonito e apaixonado! Mas lendo o seu post lembrei-me de uma coisa que há muito me incomoda: Partindo do pressuposto de que Deus existe e nos dotou de livre-arbítrio, onde se encaixa a onisciência? Ou seja, não existe surpresa em quaisquer atos nossos...

Anônimo disse...

intensidade vívida, não? adorei!