Acabei de ter um arroubo choroso de felicidade. Isso significa que, sim, o meu coração está derretido ante as próximas semanas da minha vida em que meu velho par de Doc Martens (ele mesmo, que ainda existe e pode me levar aonde eu quiser), talvez pisando a neve, será meu veículo de tele-transporte para o sonho.
Os trinta anos viram um tic-tac indefinido e, apesar do ritmo, atemporal. Quem a visita de coração aberto vira um grão de pó na história, vira um átomo de um paralelepípedo de uma rua estreita de Paris onde, sabe-se lá, pode ter acontecimento uma história de amor, um assassinato, uma batalha urbana, uma parada de libertação, um beijo, um sorriso, um pedido de informação. A cidade e a luz da cidade.
Ainda não é uma primavera. Um dia será. E nesse dia sei que não vou andar por lá sozinha.
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