segunda-feira, julho 16, 2007

Olhar e também ver

Eu me dei conta de que talvez eu goste de escrever pela saudade inconsciente do som staccato do teclado da máquina de escrever, que um dia meu pai resolveu usar para escrever a história de sua vida. Ele ficou trancado em seu quarto - minha mãe fora - por dias a fio e redigiu algo que eu nunca li. Onde será que estão estes escritos? Viraram material de reciclagem? Foram comidos por traças vorazes?
Sei é que meu city-tour onírico por Maceió, marcado pela decrepitude iluminada por um lindo dia de sol, é mais um desejo de reformar o bonde que me transporta, do que dar serventia a catedrais góticas esvaziadas e castelos de outrora. É a vontade de passar pelo que seja necessário, sentindo-me confortável em minha própria pele.
A semana do novo é também a semana onde o velho vai me fazer perceber o que é e o que não é, o que deixou de ser e o que poderá vir a ser. Se eu permitir, a semana do novo pode ser o giz que vai demarcar minhas terras, sutil, mas mesmo assim perceptível.

2 comentários:

Cinara disse...

Boa sorte! Que semana, hein?
Bejos

Anônimo disse...

Que saudade enorme de você!!!
Recebi suas mensagens...tantas coisas acontecem por aqui neste inverno...falta você!
Beijos de todas as cores dos seus olhos...