quarta-feira, julho 11, 2007

É a história de duas formigas que se amam


Mas Rosaura continua gostando do amanhecer e se sentindo melancólica ao crepúsculo.

Antes de conhecer Hipólito, Rosaura fingia que não gostava de u2. Fingia, inclusive, que era uma formiga que não se importava em viver aventuras, aproveitando a eternidade enquanto-durante do amor, ele, que não é imortal. Rosaura era, então, uma criatura dispersa entre tanta informação, oferta-procura, vivente plenamente imersa no transtorno de déficit de atenção que acomete, agora, não só ocidente mas também oriente e causa interferências cruciais nas antenas dos bichinhos.
Com Hipólito, porém, uma lenta metamorfose passou a operar no âmago de Rosaura.
E Rosaura muda até hoje, mesmo que Hipólito disso não se aperceba, a cada vez que ele pisca os olhos, inspira o ar da manhã... Rosaura exibe desdobramentos diferentes, ora horríveis, ora maravilhosos, ora intensos, ora amenos, desdobramentos de seu caleidoscópio íntimo. Acha, inclusive, lá no fundo, que Hipólito talvez também tenha mudado um pouco.

3 comentários:

Anônimo disse...

Essa não é uma história barata.

Liv Araújo disse...

Não. É uma história formiga, hohohohoho.

Cinara disse...

Pobre Hipólito. Que responsabilidade!