quinta-feira, maio 24, 2007

Variações sobre o mesmo tema

I love the nightlife

Veículos jornalísticos adoram pautas exclusivas: normalmente, jornais e revistas só repetem assuntos quando eles são factuais. Afinal, ministro renunciou, assunto repercutiu, estão lá todas as mídias caindo em cima. Mas e quando o assunto é, no nosso jargão, "frio"? Um outro veículo repetir um assunto, ainda mais no mês seguinte, nem sempre tem cara de matéria requentada. Especialmente quando a seqüência só faz aprofundar a abordagem e deixá-la mais rica e interessante. Outra coisa é quando a linha editorial de uma publicação, que tende a enfocar o assunto na ótica que será mais palatável ao seu público, é impedimento para que o outro lado da moeda apareça. Os trechos abaixo retratam, sob diferentes formas, o agito dos nightclubs paulistanos e as gentes que os freqüentam.

O título da matéria da Elle de março: "Balada sem roubada"
O título da matéria da Piauí de abril: "Como se jogar na balada"

Na Elle: (...) "Clubs do momento equivalem a grifes cobiçadas e promoters poderosas decidem quem vai participar do desfile de beldades nas festas mais concorridas".
Na Piauí: (...) " 'Tenho 6,5 mil mails. Mas meu mailing seleto tem 800 nomes. Tem gente que gasta 50 reais.Outros, 300. Esse é um critério de seleção. As pessoas estão dispostas a pagar para serem diferentes. E elas têm razão'."

Na Elle: "(...) 'Tenho notado que as pessoas saem e voltam mais cedo para casa', afirma, para o alívio de mães e chefes, a promoter H.R. 'Nunca se deve ficar além das 4 horas', aconselha a administradora e festeira consciente M.C."
"Eu bebo sim e vou vivendo... a pergunta é: o quê? Porque, convenhamos, chegar ao bar e pedir, toda faceira, um sex on the beach ou uma piña colada é um suicídio social!"
Na Piauí: "(...) Eram 9 da manhã quando ele deixou a Pacha. Ele e seus convidados derrubaram catorze garrafas de vodca. 'Aquilo é que foi aniversário', comentou, dias depois".
"Assíduos das baladas notaram algo de diferente nos últimos tempos: a volta da cocaína".

Na Elle: "(...) geralmente, a pista se divide em grupinhos masculinos e femininos, tal e qual nos anos dourados. Turmas mistas acontecem quando há segundas intenções entre seus integrantes - isso, claro, dependendo do lugar em que você está, veja bem".
"(...) 'Tem de ser sexy sem cair no vulgar', aconselha o DJ P.B."
Na Piauí: "A.A. disse nunca ter saído da Pacha sem beijar uma menina. O mais comum é beijar várias. Pára por aí? 'Claro! Você acha que a menina que não é cachorra vai dar para você no primeiro dia?', perguntou".

3 comentários:

Anônimo disse...

Oh boy!!! Que lugar é esse, pelamordeDeus, onde a pista se divide em grupinhos masculinos e femininos? Matinê no Hopi Hari, né? Hehehe!! Acho que vou começar a assinar a Elle, diversão garantida!!! =]

Anônimo disse...

adoro a Piauí. :)

Anônimo disse...

O doce e feliz mundo edulcorado da Revista Élli. Cante comiga: "há um mundo bem melhor, feito de dolce gabbana, há um mundo colorido de missoni-e-tiffany".