domingo, abril 22, 2007

Café de Flore


Françoise Hardy - Message Personnel - 1973

Sentada no terraço de um café, sua única companhia era o jornal já quase de ontem. A penumbra tomava conta das calçadas onde soavam os passos já tranqüilos do fim da tarde, quando todo mundo largava do trabalho e desafrouxava gravatas e botões.
Ela o esperava não fazia muito. A luz alaranjada do sol, que iluminava seu rosto, dava lugar aos faróis dos carros que faziam curva na rua do café e, vez por outra, ofuscavam seus olhos, que olhavam em direção ao cruzamento, à procura dele.
Será que viria?

7 comentários:

Sara Graciano disse...

Ah eu amoooo Françoise. Vem dizer que ela não tem uma voz de travesseiro?
Tão fofa!

Bjs

Ollie disse...

Espero que tenha ido. :)

Alan disse...

Foi ou nao??
Espero que o final de semana ai tenha sido bom...aqui estamos na primavera, epoca perfeita para sentar nos cafés.
Beijos.

Alex disse...

Estou voltando do além para te avisar que depois deste post eu morri!

Anônimo disse...

É possível nos sentirmos tão presentes onde jamais estivemos?
Não falo francês,jamais estive na França, mas senti que de alguma forma isso faz parte de mim.

Liv Araújo disse...

Laura,
acho que pode ser a atmosfera da música francesa: essa língua charmosa e as coisas que são cantadas nela acabam causando uma identificação na gente... será que é isso? ;-)

Anônimo disse...

Sim, Lívia, atmosfera no sentido de algo sutil e efêmero que nos envolve,evocando a memória de outras cenas, não necessariamente as "vividas", mas as sentidas,vivenciadas em outros espaços,outros tempos, talvez em outras vidas. Não é por acaso que os franceses são também exímios perfumistas.

Adorei o seu café, a forma poética como você descreveu um fim de tarde - um charmoso fim de tarde em Paris (Senti que um pedacinho de mim esteve lá).

Bjos