Dia 8 de março, 34ºC às 18h10 em Porto Alegre. Na aurora do aquecimento global, saem as senhorinhas dos escritórios, uma profusão de mules, tailleurs, calças Gang, prendedores de cabelo, bolsas Gucci falsificadas, batons desbotados, desodorantes vencidos. Nas mãos da maioria delas, botões de rosa já meio murchos, ganhos em agências de banco, universidades, supermercados e afins.
Tudo para chegar em casa e começar a segunda jornada: fazer a comida da filharada e do maridão; ligar a TV e ver novela qualquer, cujo fim é 80% dos personagens femininos encontrar a felicidade no casamento; tomar banho, passar batom, colocar calcinha nova pra ir satisfazer a sanha de concupiscência do namorado (e a própria também, nas mais das vêiz); dormir. E acordar com um dia seguinte bem igualzinho ao dia anterior.
4 comentários:
Vide essa pérola (anda rolando aí pela web):
As mulheres, segundo Arnaldo Jabor (olha só o que fizeram com o Jabor)
"Um cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê? O sujeito quer ficar famoso pra que? O indivíduo malha, quer fazer exercício pra que? A verdade é que a mulher é o objetivo do homem.Tudo o que eu quis dizer é que o homem vive em função de você. Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira. Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente, homem algum iria fazer alguma coisa, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo..." e por aí vai.
E onde estão as conquistas das mulheres, será que houve alguma?
Menina, e eu não ando sumida?!Então desculpas também. Pra ser sincera ando com uma preguiça desvairada pra tudo, mas tomarei jeito. Beijos grandes.
Lívia, cadê você? Estou curioso para ver minha foto :-)
PS - A tal da rosa murcha é símbolo internacional do Dia Internacional da Mulher, chegou até aqui em Paris...ou talvez tenha vindo daqui aí pro Brasil, sei lá.
Adorei o texto.
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