quarta-feira, novembro 09, 2005

Cansada pra caralho

Vinte e três e trinta; eu e minhas efemérides, de conta gotas a cada dia, esperando não sei o quê. Na verdade, talvez me banhando nas águas do rio, água gelada que arrepia a pele. Sentando na margem, na folhagem, sem ter muito mais o que fazer além de sonhar sob o céu azul.
Os dias tem sido de fazer uma coisa e pensar outra. Sentir, ao longo das horas, a bunda que amassa contra a cadeira desconfortável e, a cada parágrafo escrito aos espancamentos e sem raciocinar muito, deixar o fluído sem fronteiras do pensamento percorrer distâncias, todas elas bem imagináveis e computáveis, mas que normalmente estão submetidas à disponibilidade dos vôos, à necessidade do tanque cheio ou das férias remuneradas. Então, sem muita escolha quanto a isso, me deixo levar pelo meu único poder real: o de imaginar.

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