Drops existenciais
- Ainda vejo os gestos de Jamie Foxx beirando à recepção de um santo. Quem o vê fazendo Ray, sabe que tais milagres são possíveis e até melhores do que as incorporações, er*, de verdade. E, puxa, eu queria ver esse filme ao lado de alguém. O cinema tem a coisa de nos fazer sair de lá preenchido pela emoção do filme. E, acordes sensuais e piano encorpado, que enche tudo, ah por favor... era o que eu realmente queria.
- Capitular. Renunciar. Entregar os pontos. Desistir. Voltar atrás. Ou simplesmente reconhecer que nem tudo o que a gente insiste que pode dar certo, dá certo de fato. E, não sei se tenho fibra pra tudo isso. Se vale a pena esticar tanto assim as cordas. Enquanto vou mastigando tudo isso sem saber se engulo ou não, tudo o que eu queria era um colo macio e alguém que soubesse exatamente qual a trilha para as minhas janelas. Ainda que fosse só olhando pelo telescópio.
- ALGUÉM. Alguém é alhures, não algures. Por isso dá para perceber, pela equiparação de ausência e desconhecimento, o quanto me faz falta uma pluralidade.
* Aspas fudílsicas
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