quarta-feira, julho 27, 2005

Dreamlog ilustrado

O Zumbi: e aquele lá, reunido em uma mesa de bar com amigos, era o meu pai, que eu sabia ressuscitado por meios, ahn, não-cristãos. O véio era um zumbi. Estava lá, de oclinhos e em lugar do apodrecimento da decomposição subterrânea, ele simplesmente estava envelhecido, parecendo que tinha uns 100 anos e não os 75 que tinha quando morreu. Eu fiquei meio impressionada de vê-lo daquele jeito mas o afeto era o de sempre. Uma vontade danada de abraçar o velhinho.

Careca: Ao me preparar para uma viagem longa, eu tive uma atitude intempestiva (jura? nem parece eu. Sei) e peguei uma dessas máquinas de salão de barbeiro, liguei e passei bonita no meu côco, bem em cima da franja, máquina zero, me deixando uma careca bem branca. Mamis, claro, ficou escandalizada. Todas as madamas presentes naquele contexto onírico estavam passadas comigo e eu, para dizer a verdade, tampouco sabia se o corte tinha agradado a mim mesma. Só sei que eu não raspei a juba direito e ficaram uns cabelinhos próximos da nuca, nos quais eu passava a mão pra sentir o "gosto" dos meus últimos fios de cabelo mais longos.

Au au's dinner: Sonhei que eu tinha um cão (e que curiosamente eu sabia que ele era o MJ) e que, na falta de ter com quem deixá-l0, levei-o para jantar comigo em um restaurante. O cão não queria sair do meu lado e eu consegui convencer os funcionários do restaurante a deixá-lo entrar (ô, saudades da França). Ele se sentou à mesa comigo e, que honra, babadorzinho atado ao pescoço e no prato, à nossa frente, purê de batata, um galetinho bem tostado, arroz, ervilhas verdinhas e uma taça de vinho pra cada. Nada como uma boa refeição em companhia do nosso melhor amigo, hein?

Serenata no banheiro: Ah, esse é o mais doído e doido, acho. Sobrou-me uma sensação féla da póta de desalento quando, da janela do banheiro da casa da minha mãe, em Santchos, eu via aquela mulher tão fina saindo de um carrão branco com bancos de couro se postar defronte ao prédio (bem próxima da janela de onde eu estava) e declamar mil declarações, mil galanteios, com uma voz que me desconcertava e a promessa de ir embora para longe assim que o número acabasse. E foi o que ela fez. Pegou o carrão e foi-se embora a trabalho. E nos arredores, eu já sabia que as pessoas tinham feito ouvidos de Sueli e queriam saber o que tinha sido aquilo tudo. "Performance teatral", eu já me preparava para responder.

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