domingo, julho 17, 2005

Dreamlog F.A.Q.

Ontem, no Zelig, coletei farto material para posts durante a festa dela e, sendo uma mesa com vantagem de uns sete psicólogos para apenas uma jornalista, eu fiquei soterrada (que nada, tava gostando) em meio ao cotidiano dos profissionais de saúde mental, suas agruras e suas satisfações. O interessante, a saber, é que ficamos conversando a respeito de sonhos. É claro que, fora de um contexto, hm, terapêutico, psicólogo acha uma malice qualquer pessoa contar um sonho esperando que o nêgo ache um significado interessante, à la "dicionário de sonhos". Sonhar com água, definitivamente, não significa que você está grávida, muito embora se você for homem, pode bem sonhar que está grávido, por que não?
Controlar sonhos é divertido. Acordar deles de propósito, também. Ruim é querer acordar e não conseguir. Eu já passei por todos esses estágios e, garanto, pode ser bom ou horrível, mas é sempre tudo muito construtivo, na falta de palavra melhor.
Outra questã relevante é o papel do cérebro na, digamos, ambientação corporal do sonho, o que dá indícios de que o cérebro não precisa, para produzir dor, do alfinete que espeta a pele, leva o impulso para lá e volta com a dor até à pele. Ele mesmo se encarrega de mandar a dor pra lá, usando o estímulo surreal dos espetos do seu inconsciente. É por isso que, alguns segundos depois de acordar, se você estava fazendo alguma coisa que dói (ou lateja, hmmm), pode muito bem acordar com a sensação física do que estava fazendo em sonho. Isso dá a entender que, mesmo consciente, a gente é capaz de se condicionar a não sentir dor ou, pra quem gosta, sentir.
O assunto é extenso, mas pra mim o mais importante é: se vir um boeing 747, se agarre na fuselagem. A sensação do vento no cabelo é muito boa, além do que ver a terra lá de cima, ah, diliça.

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