quinta-feira, junho 16, 2005

É na verborragia constante que eu me encontro. Na esquina da avenida Palavra com a rua Inspiração, por onde eu costumo passar, caminhando com meus tênis remendados de silver tape. É no passeio que dou alô aos passantes, que vou cavando caminhos que não existem e que egoísta os apago atrás de mim pra que ninguém os percorra. Porque quem quer me seguir, que venha do meu lado, de mãos dadas, de almas coladas, de bocas soldadas pelo metal forjado em conversas inesquecíveis.
Minha flânerie é feita de uma montoeira de letras dadaístas. É que quando a gente goza pelas palavras, as letrinhas ficam todas erradas, desordenadas pelo súbito da ejaculação. Mas, bah, toda essa porra faz muito sentido.

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