Dulce Helfer/Agência RBS - Redenção ao meio-dia
Mírian, minha mãe, de visita a Porto Alegre, foi comigo pela primeira vez à Parada Gay. Depois de várias perguntas e várias observações à, mmm, diversidade sexual presente, ela desatou as amarras e discretamente acompanhou um dos carros de música eletrônica.
Seis da tarde, já voltando pra casa, eu lhe tasco a pergunta:
- E aí, mãe, gostou de ferver com as bibas?
- Ah, adorei...
Depois de alguns segundos, ela diz:
- Você viu que casal de sapinhas bonitinhas?
- Ué, mãe, como você sabe que é um casal?
- Depois de uma tarde inteira nessa parada, acha que não aprendi a usar o gaydar?
E sim, em profunda integração com o espírito de tolerância que permeia as associações GLBT de Porto Alegre, na semana que vem haverá outra parada, depois de uma briguinha homérica entre duas delas.
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