quinta-feira, março 17, 2005

Quando eu passo semanas sem postar algo que preste e escrevo umas duas linhas assim, por desencargo de consciência, o blogger não dá pau. Agora, quando eu falo que ontem fui ver a pré-estréia da peça do Antunes Filho, "Foi Carmem Miranda", no Festival de Teatro de Curitiba, e conto detalhes, o blogger empaca e me faz perder o post. Tudo bem que é o espetáculo mais diferente dele e ele foi cuidadoso com a platéia curitibana pouco afeita a viagens na maionese. "O espetáculo está na cabeça de vocês", ele disse. E no fim, o homem tinha toda a razão. Porque, com aquele povo todo de teatro butô, que ele fez o espetáculo mesmo foi pra levar pro Japão e homenagear Kazuo Ono, a gente fica esperando aquela hora em que a peça alavanca e o que deu foi que ela terminou sem começar. E sei lá, pra alguns deu certo. Gostei da carmem miranda, do arquétipo (preciso passar a evitar essa palavra). E da menina. E putz, o espetáculo, sem cenário nem nada, rende fotos espantosas.

Aí teve coquetel, e eu bebi, bebi, bebi e fiquei turva. Não me admira como não cantei os garçons (faltou pouco, estavam uma diliça) e os promoters da Petrobrás que eu queria que não usassem aquele ridículo macacão amarelo de frentista. Ou sim. Hmm. Fetiche.
Enfim... táxi pra casa e, no meio da bebedeira, dormir chamando o nome que tem estado nos meus dias e sozinha, imaginando o corpo bem acomodado à cama enorme, braços e pernas espalhados, travesseiros jogados e o gato preto adormecido em lados aleatórios do leito: balbúrdia silenciosa. Faz-me corar. Estou amando.

Fashion observation: E, ainda no coquetel, tive o prazer de conhecer une very stylish fille. Fiquei triste de não ter conseguido ir ao seu desfile, mas nossa, quando vi as fotos, adorei, ainda mais que sua obra chiquérrima foi inspirada por Camille Claudel, que não à toa, também é musa inspiradora da Bleue aqui. Belly (yellow like myself), tenho certeza de que você vai adorar.

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