quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Da janela, olho a Torre das Mercês na tarde insuportável de calor. Vou pensando, pensando até haver hipertrofia de neurônios. Mas, quase como uma primeira vez na vida, penso enquanto ajo. Isso é desconcertante, pois aumenta minha dificuldade de concentração. Vou pensando nas inúmeras possibilidades que tenho nas mãos e alguns desses pensamentos já não acontecem no singular. Ando tão perdida, que ontem traí meu agnosticismo e entrei na Igreja da Ordem, daquela onde lá por meados de julho reza-se a bênção aos animais e o largo curitibano vira uma arca de noé, com burros, porcos, passarinhos e até abelhas trabalhando nos seus favos de mel. Pois bem, entrei lá e vi as beatas rezando e ajoelhei e fiz o mesmo. Uma espécie de mantra demodé que foi facilitado pelo fato de estar ao abrigo do sol e do calor.
E, depois do almoço, sempre sinto sono.

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