quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Angústia matinal. Ando tendo sonhos muito óbvios. Noite passada, assisti a "Osama", filme afegão que mostra que o destino das mulheres por lá é pastar, mesmo. Claro que toda a minha noite de sono foi marcada por opressão feminina e coisas do gênero, a não ser pelo hiato de encontrar umas amigas na praia e papear um pouco.
E agora, aquela ressaca onírica que às vezes fica, de quando a gente tem um sonho ruim. Estou corroída de saudades, carente, preocupada, me sentindo incompetente e tudo o mais. Mesmo com a perspectiva de um chope na sexta e todo um feriado de alegrias (não de folia, pois não pulo carnaval), fico com resquícios bobos de culpa cristã na cabeça.
Às vezes ser um invertebrado marinho como os que estão estampados no pôster na parede não me parece má idéia, sobretudo pela paisagem.

E, apesar de todo esse desfiar de dramas cotidianos, comentei ontem com alguém bem querido que a existência de um blog de papel (leia-se diário, caderneta ou coisa que o valha) na vida de um blogueiro é decisiva pra que ele não transforme o blog numa terapia pública. Ainda que o referido acima seja, em seus posts confessionais, estritamente hermético, o autor sempre sabe que aquilo é de uma devassidão existencial incomparável. E é por isso que matar o blog às vezes é necessário, em casos assim.

Blurp.

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