sábado, maio 29, 2004

Sábado enregelante, de sobretudo novo (verde-escuro) e gosto de cigarro na boca. Cigarro me dá barato e melancolia. Na minha cabeça só há nuvens e resquícios de um pouco de sono e uma vontade de ficar em casa conflitando com a vontade de sair. Na verdade, queria estar com pessoas que eu guardasse no coração, embora as pessoas de mais tarde tenham olhos que me acolhem e não sejam de todo desconhecidas. Ainda mais pra fazer uma coisa que é jogar pôquer com as cédulas do Banco Imobiliário, e beber vinhos. Gosto da boca violácea e mais vermelha ainda entre suas rugosidades. O vermelho povoa a véspera e o agora... queria atos vampíricos, febris. Olhos intensos, sangue na boca... o vinho serve de boa metáfora na minha imaginação inebriada de perversidades doces e de cheiro forte.
Ou então trocava tudo isso por um abraço que durasse a noite inteira.

Nenhum comentário: