quarta-feira, maio 12, 2004

Eu vou no ritmo do sono, aqui. Sabe quando o corpo todo parece embriagado, que cada poro parece que boceja junto com a boca? Ô lezera! Ainda mais que preciso revisar uma tradução feita às pressas. Nesse meio tempo, Anaïs Nin me fez companhia em sua primeira abordagem para comigo. Porque parece que ela me descobriu mais do que eu a ela, que sendo só um texto, entretanto parecia me esperar numa esquina pra me surpreender.
Ontem foi um dia delicioso. Se esse é o "veranico" de maio, que meda, porque de verão, não tem nada... mas tem um sol devassamente brilhante e um céu de azul escândalo. Fiquei faceira de jeans, meus sapatos vermelhos e uma blusa de lã também vermelha. Corri pegar o ligeirinho Campo-Largo e descer no terminal Campina do Siqueira, rumo ao ninho (de tão aconchegante) sobre uma adega simpática. Lá, me esperavam os olhos amarelos alertas de Sophia e as mãos macias da amiga-massagista. Fui besuntada de gel de menta e apertada, pressionada (só não fui estapeada como com aqueles massagistas orientais que eu via apavorada na TV) até que toda a minha tensão desaparecesse. Meu frescor era tão grande com aquela menta que eu me sentia um chiclete gigante... e enquanto eu estava deitada de barriga pra baixo, um cafezinho me foi feito com carinho, como se eu estivesse acordando aquela hora...

Cantarolados muitos refrões de "Bette Davis Eyes" depois, estava pronta para vozes diferentes que busquei madrugadinha afora. Não me arrependo desse sono congestionante, não.

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