Não, eu não sou factual. Nem opinativa, muito menos interpretativa. Eu não sou noticiosa. Eu sou uma coisa que depara com escolhas e de onde as coisas brotam, às vezes com beleza, às vezes sem (não falo de furúnculos). Sou alguém para quem as coisas começam e acabam: começam esperançosas e acabam frustradas. Mas, às vezes, começam frustradas e acabam esperançosas, donde vem o perigo que ronda essa dialética do tempo. Sou alguém que, quando fala, seguidamente não diz a coisa da forma como ela seria magistralmente dita. E, quando não diz nada, tem na mente a frase certa para a hora errada. Ou faz menção de fazer e se paralisa como uma estátua de sal que nem as vacas lambem. Eu sou alguém que não lutou pelo que desejava - tanto pior se não é um desejo fútil. E o desejo se vai com seu objeto, até que eu invente outro que eu frustre imortalizada no sal da covardia.
Um comentário:
Eu não sei o que rolou... mas me pergunto se foi pura covardia ou se algo láááá no fundo não sinalizou que não era pra ser... às vezes acontece isso, quase como uma intuição desapercebida...
bjos e fique bem
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