domingo, dezembro 14, 2008

Betraying dreamlog

Uma família que não é a minha. Volto para a casa deles como uma traidora, como se tivesse sido acolhida como filha e depois os enganasse, os delatasse. Os meninos, todos crianças, me odeiam. Eu entro em seu quarto e eles não me dirigem a palavra. Um deles vem falar no meu ouvido que o outro está muito chateado comigo. Eu estou triste, peço desculpas. O mais velho chega perto e começa a dar cabeçadas no pequeno. Olho para ele e digo: "faça isso em mim, não nele". E ele se aproxima e me dá cabeçadas muito doloridas.
Amanhece. Saio dali, com o celular na mão, e até o cão da família, que é pra ser algo como um doberman, mas se parece com um micro-cavalo, vem correndo na minha direção, para me ferir. Ele me cheira violentamente com seu focinho. Eu me atrapalho e deixo cair o celular que se espatifa no chão. Eu o abro, tento remontá-lo, mas a tela de cristal líquido está quebrada. Monto do jeito que posso e vou embora dali.
Já amanheceu e, ao passar por um posto de gasolina, vejo minha chefe abastecendo o carro. Ela me pergunta quando vou trabalhar: "Na segunda-feira, né?", respondo-lhe. E ela me ironiza: "Que senhora disponibilidade você tem"... ao que eu me corrijo e lhe digo que se ela precisar de mim antes, pode ligar. Ela diz que não precisa.
Por fim, eu o encontro e ele me responde que o momento erótico ficou lá atrás e que não era uma coisa que se pudesse resgatar, assim, tão fácil. Mas, que da próxima vez, eu tenho de vir com o tema pronto, de casa: era pra eu ler um determinado livro de um americano que, pelo que entendi, era um equivalente ao "A casa dos budas ditosos", do João Ubaldo Ribeiro. Ele está em frente a um quadro negro onde está escrito o nome do livro. Ele me olha sedutoramente, sugestivamente. Eu não agüento a impaciência e encosto meu rosto no dele, sinto sua pele. Beijo-o na boca. Beijamo-nos, sinto o gosto, o beijo é longo mas leve. Por fim, olho seu rosto e sua boca úmidos de saliva e ele me diz: "você é bonita". E acordo sem despertador.

Um comentário:

Vica disse...

Eu, hein??
Eu sonhei que chovia sangue numa praia, seria a Normandia?