
Ouvindo não só a Beatles ou bossa-nova (ritmo que os melhores músicos americanos apropriaram com carinho e ao qual eles têm uma devoção que nunca acabou desde 1958), mas aos mais conhecidos standards de sua terrinha da oportunidade (já que Pizzarelli não é bem um sobrenome irlandês), só dá pra chegar à conclusão do quanto o jazz é um gênero musical completo, bem-resolvido, maravilhoso. Ele alça a simplicidade à categoria do sublime, já que, independente da existência das big-bands ou do electro-jazz, a velha formação que prescinde de plugue e tomada é a tônica da perfeição. Ainda mais com o gringo dedilhando a sua guitarrinha low-profile e emitindo sua voz de gente normal.
O jazz deixa que pensemos que a vida na cidade não é uma coisa opressiva, escrota e violenta, o que abre caminho para que a gente apele menos para a opressão, escrotidão e violência e use mais o charme, o sorriso, a amizade e o amô no nosso dia a dia.
E isso que era o Pizzarelli. Imagine, naquele palco, Ella Fitzgerald, Billie Holliday, Blossom Dearie, Miles Davis. Aí o mundo ficaria MUITO melhor.
2 comentários:
Fiquei curiosa para saber onde achar essa preciosidade em Porto Alegre!
Me contas?
Beijo pra ti!!
:D
Oi querida! O John Pizzarelli fez show na UFRGS, mas o moço mora em Nova Iorque. Faltou dizer. ;-)
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