Era uma cidade do sul do Rio Grande do Sul. Mas de algum jeito, eu não sabia dizer se era Pelotas, Rio Grande ou uma mistura das duas. Eu procurava o nome da cidade nas placas dos carros, mas simplesmente não havia pista nenhuma. Perdi-me da minha acompanhante e acabei entrando em um café com pratos típicos tanto de origem árabe como judaica. Devido à indecisão, não consegui comer nada, porém.
Não sei se ainda naquela cidade, comecei a receber torpedos em meu celular, de muito longe. De seu Zé e seu João, outrora vizinhos de meu pai numa rua particular em que havíamos morado há quase vinte anos. Eu fiquei preocupada com a possível gravidade do motivo pelo qual eles tentavam me contatar - como meu pai já não morava lá e havia morrido, perguntava-me o que poderia ser.
De repente eu estava na casa de minha mãe, que era uma espécie de alojamento estudantil. Estavam lá duas colegas de Diretório Acadêmico ou coisa que o valha. Em um museu que visitávamos naquela cidade do sul do RS, conhecêramos um rapaz de barba meio gorducho. Pois ele também estava em casa e eu queria conversar com ele em particular. No meu quarto de infância, uma das minhas amigas dormia. Na sala, minha mãe tinha convidados. No quarto dela, a primeira pessoa que amei estava deitada, numa curiosa fantasia de Cleópatra, até que encontrei o quarto que era de meu irmão, livre. Entramos lá, nos sentamos na cama e por uma porta que dava comunicação à área de serviço, começaram a entrar, sem pedir licença, parentes de minha mãe vindos do Nordeste. E eu acabei perdendo a cabeça e comecei a xingá-los, dizendo sobre o absurdo que era entrarem nos lugares sem pedir licença, sem serem convidados, e eles pareciam não entender. Então acordei.
2 comentários:
Ainda bem que acordaste!
Beijos
Sonhei que eu era atropelada pelo Jorge Furtado. Lembrei e você, obviamente. :)
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