Respirando fundo (ou não)
Que bom seria se a cabeça da gente fosse compartimentada... na realidade, o cérebro o é, com o seu lado direito se ocupando do senso estético, da criatividade, o lado esquerdo responsável pelo raciocínio lógico e cada parte sua ganhando cores diferentes em determinada situação, tudo bem descrito nos lindos gráficos das ressonâncias magnéticas.
E tudo isso para dizer que, sim, o cérebro é compartimentado, mas não, o dia a dia nem sempre permite que todo o resto seja, e nadam ali na gente, num mesmo instante, neuras entranhadas e idiotas, e problemas práticos; o medo do assaltante e o prazo premente de entregar o trabalho pronto; a saudade do amigo e o estresse causado pela truculência alheia; os traumas de infância e os planos para o futuro. E tudo isso, de mãos dadas, começa a cirandar na consciência a partir das oito da manhã, de banho e café tomado, a caminho do trabalho. E às vezes fica muito difícil separar emoção e senso prático.
Já que nem mais os dias são compartimentados em 24 horas.
2 comentários:
Acho que é impossível separar a razão da emoção. O jeito é aprender a lidar com as neuras.
Beijos
Você tem toda razão. E o pior é que as pessoas acham que temos obrigação de estar sempre de bom humor, sorrindo para o mundo, enquanto na nossa cabeça a lambança está formada! Beijos
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