quarta-feira, janeiro 17, 2007

Name Thief




Chihiro é uma menina japonesa de 10 anos que vai a um parque temático com os pais e, por um feitiço maligno impregnado no lugar, os vê se transformando em porcos. Dali, a seqüência de acontecimentos marca uma transformação em sua vida: ela é aprisionada em uma casa de banhos e obrigada a trabalhar, com muito pouco descanso, lavando deuses-rios irremediavelmente poluídos, e a lidar com surrealidades como um espectro guloso que come a tudo e a todos, e todos se lhe dão, porque afinal ele está pagando. Chihiro só consegue, em todo este período em que tenta salvar a si e a seus pais, ficar fiel a si mesma porque se lembra do seu nome, coisa que a bruxa que a aprisionou não conseguiu roubar.

Se, em nossa vidinha de sempre, alguém nos rouba um nome, pode parecer estranho, mas soa mais surpreendente que o roubo de um pertence de valor material, como um anel de família... ali moram identidade, compromisso, pertencimento. Por isso mesmo, por mais forte que seja a sensação de invasão, rouba-se a forma, mas não a essência. O nome, ele, é nosso de um jeito que o ladrão nunca vai compreender. O nome não é a casa, o nome é o lar.


E, no entanto, o nome nada mais é que uma palavra.

5 comentários:

Udo Baingo disse...

Oi querida, tudo bem? Gostei de ler esse teu texto. Esse desenho SEN TO CHIHIRO é o máximo! Adoro as mudanças de climas, e as sensações oníricas. Ou vice-versa...

beijo

Udo Baingo disse...

tudo bem, faz um tempo mesmo, mas guardo todos os bookmarks de blogs de amigos e, de vez em quando, entro. E o seu já existe faz um bom tempo e é sempre mto bom de se ler!
E contigo? Qq hora nos topamos pela internet.
Beijos

NewArte disse...

oi guria...tudo bem..
nunca tinha pensado nisso acredita.....
meu nome..
será q se minha mãe tivesse escolhido outro nome eu seria diferente?
sei lá...
acho que sim..
mais uma questão filosófica q não d´a pta saber..
abração
ps.
hoje fiquei com vontade de comer naquele restaurante dos china ( baratinho e com direito a suco ) hummmm :-)

Anônimo disse...

Acho que há sempre um estranhamento com relação ao nome e ao sujeito que o porta, porque, afinal de contas, é um outro que nos dá um nome. Acho que cabe aí uma reflexão: o que é o nome e quais os seus desdobramentos? É estranho imaginar a legião de seres e possibiliddes que habitam um nome!

Beijos

Madame disse...

Oh moça, eu adoro este filme! E você fez um texto lindo sobre ele... Beijos!