quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Gothic Dreamlog: Era Santos e eu e minhas colegas de trabalho, no cumprimento de nossos afazeres, tínhamos de pegar linhas de ônibus diferentes. No caso, a linha de ônibus era digitada no painel de um elevador que nos deixava nas plataformas correspondentes. Uma delas tinha de pegar o 191 e nós a embarcamos sem querer no 54, que circulava, no sonho, pelo cruzamento da Av. Ana Costa com a praia. Sentada à janela do lado dos prédios, eu nem olhava a orla porque estava intrigada com a nova arquitetura que eu via: uma mistura dos prédios mais antigos da praia (como o Hotel Atlântico) com prédios que lembram o da praça dos três poderes, com estilo bem Niemeyer (e apesar de na vida desperta eu andar às voltas com Álvaro Siza). O ônibus pegou outra rua, já na direção do Canal 1 e passou a descer uma enorme ladeira, em um bairro que abrigava casas de pedra encardida, como aquelas das igrejas. Era uma manhã de um sol intenso que iluminava as fachadas das casas. Ao longo do caminho, elas ficavam cada vez mais parecidas com mausoléus até que, um pouco ao fundo, pude avistar uma enorme igreja feita daquelas pedras, em estilo gótico. Lá dentro então é que fomos deixar minha colega para tomar o 191, enquanto víamos pessoas banhando-se em tanques de água benta, não sei se para batismo ou purificação.
Acordei quando dizia às minhas colegas que, depois do trabalho, eu as levaria à casa da minha mãe para que se conhecessem.

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