sexta-feira, janeiro 13, 2006

Here it is, Casual Friday

Em que a história consistia em uma moça que queria um amor e sabe que ainda tem inúmeras tentativas até encontrar alguém que, depois de inúmeras tentativas, vai se conformar e conseguir viver ao lado de alguém. E até gostará muito disso. Nem sabe como vai encontrá-lo, se no bar, nas vozes que não têm rosto nos telefonemas de trabalho, na internet, na oficina de criação literária ou até no metrô diante de uma troca de olhares, coisa manjada de roteiro de filme americano e, agora, brasileiro quase sempre. A sua história de amor poderia ser embalada por uma música cantada charmosamente pela Madeleine Peyroux e ter como pano de fundo uma livraria ou uma mesa de um café no fim do outono. Poderia ser um sexo casual que lhe faria roubar furtivos beijos numa esquina escura e de repente resultaria em reencontros e uma intimidade crescente. Eles passeariam com um cachorro peludo, eles compartilhariam leituras e fluídos e cada um viveria seus momentos de solidão durante a vida em comum que, bem aos poucos, passariam a ter. Até que isso se tornasse uma solidão comum pontuada por momentos de vida.

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