quarta-feira, novembro 30, 2005

Dia do boletim
Retomei as caminhadas, como evento integrante do regime que também comecei. Uma hora por dia, o caminho de sempre. Ontem, sob 37º C, hoje, sob modestos 31º C.
Enfim, o importante é que é o último dia de aula do Colégio Militar. Sim, é. Dez da manhã e escolarezinhos uniformizados de calça e boininha vermelhas, camisa cáqui, as meninas de saia, meia calça e sapatinho preto, acompanhados dos pais, saíam da escola tal como água da calha em dia de tempestade. Todos de boletim na mão, mamãe dando afago, molequinhos de bigodinho nascente, com cara encabulada por causa daquele nove e meio em matemática e dos elogios melequentos da avó.
"Quem não cola, não sai da escola", era o que nos diziam. E eis-nos aqui fora dela, onde as recompensas não são mais tão bem definidas, onde a vida não é exatamente mais decidida no desempenho do bimestre e onde a gente não ganha uma tunda por indisciplina. Ao fim do período, qual minha nota? Zero em Matemática, como sempre, com todo o dinheiro gasto e desaparecido, com o saldo devedor em níveis alarmantes, etc; surpreendentes sete e meio em Português: nó de marinheiro na garganta, mal-entendidos de toda sorte, mas o que garantiu a nota azul foi ter dito, naquela noite horrível, o que estava atravessado; até fui bem em Química, mas faltei tanto às aulas que fui reprovada por faltas. Em Geografia, dez com louvor: conheci céus, chão e gente das terras do sul em meses de mochila nas costas e novos horizontes à frente.
Mas prometo fazer melhor no próximo ano letivo.

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