Festa Móvel

Jean-Claude est au Brésil et danse la Samba

Como o blog que se vos apresenta se baseia no livro homônimo de Ernest Hemingway que diz basicamente que se você já viveu em Paris, carrega-a consigo aonde quer que vá, eu não podia deixar de falar de um evento que reinventa o Brasil em outro lugar, transformado nosso país na "Moveable Feast" à qual Hemingway aludiu: o Ano do Brasil na França.
Eu sinceramente não tenho a menor idéia de como a tal festa está se desenvolvendo por lá, mas acompanhando o site Brésil-Brésils, o blog da jornalista Fernanda Lévy e a Rádio França Internacional (que eu acompanho desde que eu tinha menos de 1,40m), dá pra imaginar que a coisa está bombando, e até dá pra se deliciar com a profusão de informações a respeito do país que a gente não conhece direito, na mais poliana das hipóteses, porque o Brasil é muito grande e a maior rede de TV, tirando um quadro de menos de cinco minutos no Fantástico, acaba não se devotando especialmente a integrar culturalmente os pedaços de Brasil que temos.
Na própria RFI, é possível ouvir online todas as vertentes da música brasileira (incluindo o cyberbrega da região Norte, a polca pantaneira no Centro Oeste, a MPB do Sindicato dos Fanhos no Sudeste, o forrozinho de festa de São João do Nordeste e o vaneirão e a milonga aqui no Sul) na estação Planète Brésil ou obter amostras das mesmas na seção "Musiques" (em amarelo) do site Brésil-Brésils.
Porque isso é tão bom? Porque os francesinhos fascinados com bunda, chinelinhos de dedo e la samba podem nos oferecer uma visão do Brasil menos influenciada pelos preconceitos internos que fazem com que eu não faça a menor idéia sobre um ritmo nortista que se chama Carimbó e que só agora que eu moro no sul, saiba um pouco mais sobre as nuances da música gaúcha (em plena Semana Farroupilha, que tu queria, magrão?).
Enfim, pros não-francófonos, é possível conferir a programação do evento em português, mas o site não é tão completo quanto o francês.

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Mangue-beat
Style de musique populaire créé par Chico Science à la fin des années 1980, le mangue-beat opère une fusion d'éléments pop et de rythmes traditionnels du Nordeste comme le maracatu.