segunda-feira, agosto 01, 2005

E tudo isso foi quando eu chegar

As flores do vestido dançavam na sala, em solidão faceira. O branco do tecido era amarelado da luz incandescente (lâmpada de tungstênio), os pés descalços pisavam no carpete e, de repente ela ouviu as doze badaladas do sino da igreja de São Francisco e achou que fossem de um relógio de parede de 150 anos. Estacou então, meio que surpreendida, pelo tempo que é um só mas que tem múltiplas contagens. Fez calor no domingo invernal de Porto Alegre e faltou um sorvete em banco de praça.

Leu e concordou com Fernando Sabino: "Se o escritor soubesse falar, não escreveria."

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