Dei agora para achar que toda borboleta branca que eu vejo rodopiando pelo ar curitibano é um pedaço da alma dela, voando. Dei também pra pensar que esse sol lindo e esse céu azul são sinais de que ela está sendo muito bem recebida.
Dei pra perceber que, ignorantes dos defeitos que os mortos tinham quando vivos, só o que vai ficar em nós é o registro das boas lembranças, do pão de aveia quentinho, do olhar malicioso dizendo que quer mais vinho, das ingenuidades protestantes, da cara de branca de neve.
Meio dia. Vai. Fica bem. Amamos você e só o que resta é a doçura das lembranças espalhadas por onde estamos e aonde iremos.
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