domingo, maio 09, 2004

Nada faz sentido quando você dorme mal e porcamente e viveu horas surreais, em que fez besteiras achando que fez muito bem, e não pode usar suas horas de sono para digerir os fatos. Mas enfim, o que não fiz mal foi vencer o sono doente que entretanto não me deixava dormir sob o efeito de tanto café que me deixou trêmula, e ir ter com minha amiga no capanna e depois no beto batata. A amiga que já era antes que eu soubesse que era, e que espero que tenha se tornado mais amiga ainda, sem necessariamente que o saibamos.
Mas que estranho, essa deficiência de sono, como se fosse uma narcolepsia ao contrário, que já apagou o falso encanto de uma noite já perdida, sem que meus sonhos a pudessem amenizar. A ressaca moral sem que eu tivesse dormido para esquecer durante oito horas e lembrar no dia seguinte. Não houve dia seguinte, e portanto... o que haverá pela frente a não ser o constrangimento que independe de qualquer atipicidade (inventei isso?)?
Eu agora vou finalmente dormir e sei que apesar disso, o dia ou a noite ainda não acabou. Tudo é disforme e indefinido e frustrante. Mas depois de ouvir o que preciso, sei que não vou deixar de correr junto com o barco. Não sou mais como era antigamente.

Hermetismo, teu nome é Camille Bleue...

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