Dreamlog deveras interessante: sonhei com uma reforma em uma espécie de república onde eu morava. A minha república tinha um menino e uma menina e um quê das "cidades invisíveis" do Italo Calvino: era suspensa por cordas e aidaimes de madeira, e havia muitos lençóis e galões de tinta branca, mas apesar do ar de precariedade, tudo tinha um charme e um encanto bem peculiares. Eu lá de cima no aidaime, gritava coisas para meus colegas e ia para baixo e levava um livro, ou mesmo algo muito relevante que eu tinha a dizer e agora não lembro. Depois, sonhei que estava em Porto Alegre e observava uma mulher que escrevia num notebook, sentada à sacada de seu apartamento. Eu, mesmo sem a ter visto antes, a reconheci como sendo uma amiga ou conhecida minha, e fui falar com ela. Ela mantinha uma distância prudente de mim (que não queria nada com ela, diga-se de passagem), e conversávamos sobre amenidades, como se não nos conhecêssemos antes, e estivéssemos justamente lá para isso. Nesse caso, não havia charme nem descontração, mas somente uma conversa artificial e forçada, permeada por um ar de afetação que me deixava desconfortável. Mas descobri que ela cantava e gravou um cd, o que me deixou feliz por termos algo a respeito do que conversar.
Hoje ela me ligou para dizer o quanto foi bom. O quanto foi bom. Eu até agora não sei dizer se foi bom ou ruim.
Enfim, não tendo mais nada a fazer hoje (que é feriado aqui), vou fazer as pazes com a bicicleta... à plus...
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