A pausa que refresca
Belly é uma pausa. Talvez não para si mesma, já que em sua humanidade ela se desdobra em mãe, pin up, trabalhadora, modelo dos corsets da Madame Sher, menininha e mulherona, enfim, tanta coisa quanto sói a uma multifacetada e polivalente criatura que é um tesouro infincado na cidade. Belly, sei dizer, é uma pausa para quem tem o privilégio de conhecê-la. Ontem, plena véspera de aniversário, passando da meia-noite, ela era minha ouvinte e interlocutora, a amiga que como poucos entende o pudim existencial no qual tento, sempre persistindo, em fincar estacas que lá se fixem. Ontem, menos rimos que o comum, dadas as minhas soturnices de agora e, mesmo assim, ela esteve ali do meu lado, como muitas vezes. Belly também fica triste e nada parece tão natural quanto recebê-la na casa às vezes arrumada (na maior parte das vezes não) e partilhar de cigarros, cocas-colas, sonhos, filmes e até fingimentos e representações.
Ter sua amizade é poder esquecer do mundo de vez em quando, exercendo a mundanidade moderna e deliciosa de sua companhia. Por isso, a cada aniversário, não esqueço de pensar que é um presente ter Belly como amiga.
6 comentários:
tenho certeza disso... Belly é maravilhosa.
Ow. Que lindo.
Mas será que é tudo isso mesmo?
Sei não... desconfio que vocês estão supervalorizando essa tal de Belly. Ela deve ser uma pessoinha bem comum.
Chata, até.
;)
(gostei tanto. chega a ser quentinho e macio de ler. obrigada, sweetie.)
e de "plus a mais", ganhou uma Bela
;)
coisa linda. as duas.
Linda, "descente" e incrivelmente prazeirosa de ler.
Genial o pudim existencial, acho que devo sofrer desse mal. Pensando bem, devo estar mais pra gelatina mesmo, aquelas servidas em hospital após uma refeição insípida.
Em suma, belo texto.
Beijo.
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