terça-feira, julho 22, 2003

Sonhei que comprava um daqueles fogãozinhos de duas bocas. Não sei para quê. Sonhei também que todas as minhas malas estavam no térreo do meu prédio e que de repente C., rapaz de 2,01m que eu cobiçava desde o segundo ano de faculdade, passou pelo corredor e eu lhe dei um abraço e lhe disse besteiras ao ouvido. Sonhei, parece, com uma ex-colega da facul que anotava em um quadro a disponibilidade de um grupo para assistir a palestras de um grande evento, só que ao invés de marcar um "x" nas lacunas, ela desenhava suásticas (será que o fato de C., no sonho, ser judeu, tinha algo a ver com isso? Nefasto...rs).

Chorei aos borbotões nessa madrugada. Chorei e só passou quando rezei. Não tenho culpa de ser uma agnóstica com formação católica...rs. Tranqüilizou, simplesmente foi o que aconteceu. Rezei e fiquei mais calma. De janeiro a julho correram seis meses e quase toda vez que eu me lembro me vem aos olhos aquela enxurrada de tristeza que transborda. Pensei em muita coisa, pensei até em me pronunciar. Mas, não sei. A apatia que também me dá toda vez que penso que sou eu que tenho de me esforçar por esclarecer algo que não construí, isso é um balde de água-fria e eu me aquieto. Deixa ir. Vou ficar melhor no dia em que minha mágoa se tornará indiferença.

No mais, é só fechar os olhos para lembrar de tanta doçura, para lembrar de calor humano, de pele macia, de voz suave na intimidade do ouvido... sobrou também a doçura da nostalgia quando abri meu mail e encontrei coisas acontecidas há quatro anos, três, dois... as coisas do meu dia-a-dia, das quais sei que terei ainda muito mais saudade.

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