quarta-feira, julho 23, 2003

Sinéad O' Connor tocando no rádio com Asian Dub Foundation (será que a Eldorado não sabe tocar outras músicas?). Quando eu era uma adolescente revoltada (agora sou uma recém-adulta revoltada), gostei quando a careca em questão rasgou a foto do papa. "Combatam o verdadeiro inimigo", disse ela numa edição qualquer do Video Music Awards da MTV. Omisso? Isso sim, talvez. Preso numa torre de Marfim? Aparentemente sim, mas não. Enquete: qual foto vocês rasgariam em cadeia internacional? Eu rasgaria a do Bush inconteste. Em cadeia nacional: a de ninguém, porque não dá pra rasgar um calhamaço com a espessura de uma lista telefônica.
Sonhei que ia ao show da Patrícia Antunes, uma menina que foi da minha classe em alguma série do ginásio e agora toca nos barzinhos da região (ela também ficou no finzinho do funil do programa FAMA, da Globo), tem uma voz linda e é muitas vezes acompanhada pelo também lindo Marcos Paulo (por quem eu tinha uma quedinha platônica na 7ª série), ex-Druídas. Bom, eu ia no show da Patrícia e tinha de lhe dar um presente. Aí eu ia mandar uma costureira fazer uma roupa de palco bem legal para ela usar. Mas eu contava com minha prima, ela não avisou à costureira e quando eu cheguei lá, não tinha ninguém em casa. Daí o único estabelecimento aberto no bairro era uma casa de cosméticos e armarinho ao mesmo tempo. E eu não sabia o que comprar. Nisso, tinha ido lá de bicicleta e, como ela estivesse encostada à entrada da loja sem nenhuma proteção, foi roubada. Aí chorei. Depois que tudo passou, me vi passeando com um cão na frente do meu prédio.
E ontem à noite, quando eu tinha acabado de tirar o sabão do corpo no banho, o fusível queimou e eu fui encontrar S. com os cabelos molhados. E só conseguimos trocar o fusível hoje de manhã.
E agora eu só queria passear no Jardin du Luxembourg com um chapéu de palha e com uma trilha sonora do Yves Montand na cabeça.


Como eu não tenho uma produção fotográfica que seja suficiente para que eu faça um fotolog, tá aqui uma foto minha, que espero que preserve adequadamente o meu anonimato virtual: eu em abril de 1980, no aniversário em que ganhei do meu tio mais novo uma Suzi vestida de Carmen Miranda. Sangue queer correndo nas veias, decerto... (a idéia de fazer essas letras pequeninhas eu tomei da graciosa Mlle. Seslaf)

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