sexta-feira, junho 27, 2003

Sonhos... eróticos, ulalá.
Ah! Assisti, finalmente e inesperadamente, a "Frida" com a Salma Hayek e o Alfred Molina. Que coisa. Filme plasticamente belo, emocionalmente intenso. Para um filme americano, está até bom demais. Sensual, pungente, triste, costurando bem a mistura quase intrínseca de amor e dor. Amor de todas as maneiras, dores de todas as naturezas e a arte em forma bruta, que bebe de tudo isso para produzir obras primas. Nesse aspecto, Frida era muito melhor que Rivera, mesmo porque na minha ignorância, eu conheço muito pouca coisa de Rivera, e muito mais de Frida Kahlo, que assim como Toulouse Lautrec, está no rol dos pintores que me impressionaram em criança, e isso os torna eternos para mim. Mesmo porque, aquela sobrancelha encontrada como uma taturana e aqueles pêlos acinzentando seu buço seriam coisas presentes em mim se eu não me adequasse às normas vigentes da beleza, e não os arrancasse com pinça e cera.
Só mais um adendo, que me faz lembrar de algo que ela disse: que devido aos danos na coluna de Frida, seria impossível ela ter dançado aquele tango. Mas é lindo, sensualíssimo, inspirador, e aliás, eu não fui ao cinema sozinha.

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