O passar desesperado dos dias do ano é, a meu ver, uma forma de chegar mais rápido ao inverno de noites deslumbrantes, de um céu abobadado como uma construção renascentista, e de aspecto frágil como o de uma clarabóia. Pescoço doendo de olhar para o céu e ver tanta pureza. A sensação de se enxergar tanta beleza celeste talvez seja conferida pela leveza do ar e pela receptividade a uma boa conversa, uma boa bebida, e quem sabe, um bom fogo. Nesse inverno quero celebrar meu renascimento, antecipando a primavera.
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